‘A gente se acostuma': Expressões Contemporâneas que Emanam da Alma Estudantil
"A gente se acostuma" transcende os limites da dança contemporânea, voltando-se para as emoções e perspectivas dos estudantes. Com a união da expressão corporal e do texto "Eu sei, mas não devia", a performance não apenas tocou os espectadores, mas também os inspirou o olhar para a sociedade de maneira mais profunda e compassiva.
Data: 25 de agosto de 2023
O Colégio Estadual Beatriz Faria Ansay Cívico Militar tornou-se o palco de uma jornada artística profundamente emocional e reflexiva, graças à notável apresentação de dança contemporânea intitulada "A gente se acostuma", realizada pela prestigiosa companhia DANCEP, a Cia de Dança do Colégio Estadual do Paraná. O espetáculo, originado dos diálogos, abraços, lágrimas e olhares dos estudantes, captou e incluiu de maneira única suas emoções e perspectivas de vida, em meio às experiências educacionais e de criação.
Os dançarinos da DANCEP mergulharam nas experiências compartilhadas, capturando as emoções que muitas vezes permanecem não ditas. Essa conexão entre as interações humanas e a dança conferiu à performance uma vantagem única, tornando-a não apenas um espetáculo, mas uma expressão viva da alma estudantil.
O texto poderoso de Marina Colasanti, "Eu sei, mas não devia", moldou os temas complexos envolvidos na performance. A luta contra o preconceito, a solidão da era digital, a corrupção que afeta a sociedade, a angústia da fome e miséria, o desespero causado pela busca constante por mais, a falta de tempo e o prejuízo pessoal, todos esses tópicos foram imbuídos na coreografia com influência do texto. A equipe artística mergulhou na essência das palavras, transformando-as em movimentos e expressões que retratam a complexidade desses desafios.
Cada um desses temas delicados foi transmitido com profundidade por meio da dança. A solidão foi personificada por um solo contido, os movimentos exibindo a busca por conexões que muitas vezes escapam ao nosso alcance. A busca incessante por mais foi traduzida em uma coreografia energética e incessante, enquanto a corrupção e o desespero foram comunicados através de movimentos distorcidos e expressões angustiantes.
A expressão corporal dos dançarinos desempenhou um papel vital na comunicação desses temas. Utilizando técnicas coreográficas inovadoras, os dançarinos expressaram emoções complexas, destacando-se a contorção corporal para representar a opressão e a quebra de padrões de movimento para simbolizar a busca pela libertação.
O impacto esperado da apresentação nas discussões e reflexões sobre os temas envolvidos é significativo. Tanto a escola quanto a comunidade em geral serão incentivadas a debater questões importantes da sociedade, buscando mudanças positivas.
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